Aiiii...!
Estou mal... muito mal... com um enorme e doloroso...
TORCICOLO!!!
(Sérgio Prata)
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Estou mal... muito mal... com um enorme e doloroso...
TORCICOLO!!!
(Sérgio Prata)
Resumo de um dia normal:
- 3 (des)cafés tomados;
- Desenferrujamento de PSP;
- Algumas decepções;
- Duas alegrias;
- Um momento de felicidade;
- Uma preocupação;
- Um esquecimento.
Não sei se hoje deveria ter saído de casa… Algo me diz que não. Mas eu sou persistente. E insistente. Mas não chata. Acho eu!
Desde a manhã que eu me sentia muito estranha e mole, como já tinha referido. Mas a coisa foi piorando um pouco. À hora de almoço estava ultra maldisposta e incapaz de trincar algo. Fiz um esforço sobre-humano para almoçar – não digam nada a ninguém mas reparti o almoço com o Bóbi – pois tive receio que se não comesse me desse alguma coisinha má durante uma aula.
Estava mesmo mal. Preparei-me e arranquei para as aulas. Ao sair para a rua, constatei que a todas aquelas maleitas se tinha juntado mais uma, há muito desaparecida: a vertigem!
Foi pôr um pézinho na rua e sentir aquela sensação rodopiante. Que fixe! Era mesmo isto que me faltava!
Não tive outra alternativa senão ir para a escola assim. Senti-me a ir aos ziguezagues e desengonçada rua abaixo. Até os pés pareciam pesar toneladas… Bah!
Cheguei ao colégio e emborquei um café na esperança de assentar ideias. Sinceramente, não sei se fez efeito ou não. O chão continuou oscilante mas não sei de era das vertigens ou efeitos da descoberta que estou a dar aulas num ninho de cobras… Ainda bem que eu sou uma moça sugadita e que não mete o nariz onde não é chamada. Bolas!
Continuo mal disposta. Para completar o cenário, só faltou mesmo um choque frontal com um pombo. Ia sendo mas não foi. Escapei. Só não escapei da pouca-vergonha de um casal de pombos estar na pinokada mesmo no meio do meu caminho. O pombo estava tão contente que esticou as asas e começou a abanicá-las. Já não há respeito por ninguém! Acham que isto é normal? Não é, pois não?!? Hummm…
Alguém sabe onde está o livro de reclamações do tempo? Tenho umas coisinhas para reclamar… Quer dizer, tivémos uns dias maravilhosos de sol e temperatura quente e hoje acordamos assim… meio cinzentos… bem fresquinho…
Se a vontade de ir trabalhar já não era muita após um fim-de-semana prolongado, com um dia assim tão “murcho” apetece mesmo é ficar em casa a descansar do fim-de-semana, de papo para o ar, no dolce fare niente! Tenho razão, não tenho?!
Já me apercebi que vou começar a semana muito bem. Esqueci-me de deixar o material a fotocopiar para o Mother’s Day. O que significa isto? Que estou frita, pois claro! Sempre quero ver qual vai ser a minha capacidade de desenrasque logo à primeira hora. Turma grande, crianças ansiosas, primeiros anos, pouca destreza manual e pouca rapidez! Ai Pessoinha!!! Tens de passar a andar com um post-it colado na ponta do nariz.
Já vos contei que estou com uma moleza descomunal em cima? Ah pois é! Se não arrebito, é hoje que os putos fazem uma revolução na sala de aula. Devem vir frescos e fofos! Imagino que a maior parte deles deve ter ido passar o fim-de-semana para a neve ou para uma praia paradisíaca qualquer. Já sei como é. Os putos vêm excitadíssimos e querem contar-me tudo. Atropelam-se e penduram-se em mim para serem os primeiros a contar…
Bom, vou ali tratar do material escolar e já venho… Enjoy yourselves!
Decidi colocar esta música para todos aqueles com low self esteem... Semana nova, disposição nova e um reforço positivo faz maravilhas!
Cortaram-me as asas
E eu já não sei voar…
Delicada como uma flor,
Frágil como uma borboleta,
A clausura prende-me
Como a um belo pássaro exótico
Dentro de uma gaiola dourada.
Transformei-me num objecto
De admiração e cobiça,
De valor incalculável.
Mas sem asas para voar.
Espero eternamente
Uma mão que me liberte
Que me mostre outros mundos
E a liberdade.
Que me ensine o que é viver
E o que é sentir.
Cortaram-me as asas
E eu já não sei voar…
Os Tugas são um povo muito engraçado e sui generis. Têm habitos de vivência, sobrevivência e convivência algo estranhos.
Se há uma coisa de que os tugas gostam é de dias de ócio. Não importa se são folgas, feriados ou fins-de-semana prolongados. Todos anseiam por umas mini-férias, de uns dias fora do seu habitat "normal".
Seguem em família (tuga-mãe, tuga-pai e tuga-filhos) nos seus veículos atulhados de tralha, ou seja meia casa, para os destinos desejados: Santa terrinha ou praia. É vê-los felizes e contentes, voando estradas afora para chegar primeiro do que os outros.
Mas estes são os felizardos que têm uns trocos que podem dispensar para "extras".
Então e os outros cuja conjuntura económica não lhes é favorável? Como será que reagem perante fins-de-semana grandes?
Com as construções gigantescas de grandes centros de consumo, o Tuga dispensa largas horas a desfilar - quer só, quer em família - pelos longos corredores, em busca de bens cobiçados.
Outros dirigem-se a outros tipos de centros de consumo mas, desta vez, de bens necessários à sua sobrevivência. Ou pelo menos espera-se que grande parte deles o seja.
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É aqui que conseguimos observar como o Tuga interage em grupo. Como respeita o seu espaço e o dos outros. Parecem formigas trabalhadeiras mas da forma mais desorganizada possível. Instrumento de recolha de alimentos para um lado - de preferência no meio do caminho dos outros - correria para o outro, bens alímenticios indesejados largados ao acaso e até rebeliões em filas de espera!
Como eu pertenço ao grupo dos desfavorecidos pela conjubtura económica, limitei-me a ficar pelo meu habitat natural. E como tal, segui a linha orientadora dos outros tugas... Adivinhem onde me fui meter? Isso mesmo! Como temos de alimentar a estrutura que suporta cada Tuga, fui em busca de bens alimentícios... e como não me chegou num dia, tive de ir em dois!!!
Agora digam lá, não havia coisas melhores para fazer do ir-me enfiar nas compras dois dias seguidos? Tugas... bah!
... não só para Portugal mas também para mim, que tenho memória muito vivas desse dia.
Lembro-me que estava um dia de calor talvez como hoje, lembro-me dos helicópteros a sobrevoarem a minha zona, de sentir medo e da minha mãe pedir desesperadamente para que o meu pai chegasse a casa.
Era uma miúda e não percebi nada do que estava a acontecer. Não tinha compreensão suficiente para perceber a importância daqueles acontecimentos e daquela luta pelo direito à liberdade.
Com a minha inocência própria de criança, acompanhei o meu pai às manifestações, cantei, gritei e protestei, sem no entanto, ter consciência de que aquela luta também se iria reflectir no meu futuro.
Espantou-se o nosso ministro pela pouca importância e até desconhecimento, dos jovens, da relevância deste dia para a vida dos portugueses. Isto a mim não me surpreende nada.
Se para mim, que ainda vivi no pré-25 de abril e vivi a revolução, os acontecimentos estão tão distantes, porque é que os jovens de hoje deveriam sentir uma grande empolgação?
Desconhecem o que é a privação da liberdade de actos e de discurso. Talvez não fosse mal pensado fazer acções de sensibilização nas escolas e noutros organismos para mostrar como era Portugal antes da revolução.
Viva a Liberdade e a Justiça!
Apetece-me um dia de primavera
Apetece-me a carícia do sol na cara
Apetece-me um beijo com sabor a mar
Apetece-me o cheiro das magnólias
Apetece-me uma flor nos cabelos
Apetece-me a brisa suave que percorre os campos
Apetece-me o frescor de um gelado na boca
Apetece-me um afago na mão
Apetece-me sentir o calor da terra nos pés descalços
Apetece-me o aroma intenso de um café acabado de fazer
Apetece-me a inocência do primeiro amor
Apetece-me fazer amor contigo pela primeira vez
Simplesmente… Apetece-me!
Este destaque não é meu mas vosso. De todos vocês que aqui entram e perdem um pouco do vosso tempo para me ler, deixar uma palavra agradável ou de apoio e rir com as minhas parvoices.
São vocês que me ajudam a construir este espaço, por isso,
MUITO OBRIGADA A TODOS!!!